Entenda porque a dieta cetogênica é recomendada para quem tem epilepsia

O tratamento é indicado para crianças e adultos, desde que seja feito com acompanhamento de uma equipe médica multidisciplinar

15/04/2024 às 15h11
Por: Henrique Souza
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Reprodução: Freepik
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 A epilepsia é uma condição neurológica que requer cuidados específicos e a escolha dos alimentos pode desempenhar um papel crucial. A Associação Brasileira de Epilepsia (ABE), em parceria com médicos, destaca os ingredientes que podem ajudar a controlar as crises e como as pessoas com a doença podem fazer escolhas alimentares seguras.

 Segundo um estudo de caso publicado pelo Instituto de Neurologia Deolindo Couto da Universidade Federal do Rio de Janeiro, há uma relação entre a ingestão de determinados alimentos e o desencadeamento de crises epilépticas. É crucial, portanto, que pacientes, familiares e profissionais de saúde estejam cientes desses fatores para adotarem estratégias preventivas adequadas.

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 A Dra. Daniela Murakami, nutricionista especializada em epilepsia e médica da ABE, reforça que a dieta cetogênica pode ser uma saída para as pessoas que lidam com a doença neurológica crônica. “Essa é uma dieta rica em gordura controlada e adequada em proteínas de acordo com a idade, sexo e estado nutricional do paciente”, afirma. 

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A especialista reforça que nesta opção são ofertados alimentos com um teor maior de gordura, como azeites, óleos, nata, creme de leite e até toucinho. Além disso, frutas, queijos, carnes, verduras e legumes em menores quantidades podem auxiliar neste processo. Contudo, pães, bolos e receitas que levam farinhas brancas devem ser evitadas.

“O cuidado é muito importante para a melhor adesão do paciente ao tratamento, mas também para que esse método não seja tão restritivo. O intuito é que seja um processo leve e prazeroso para quem faz a dieta cetogênica”, esclarece a Dra. Daniela. 

Mesmo com todas as indicações dos profissionais, é importante reforçar que a consulta com um médico ou nutricionista é indispensável. Ao entender melhor os fatores preventivos, pode-se trabalhar para criar ambientes mais seguros e inclusivos para as pessoas com epilepsia.

Protocolo C.A.L.M.A.

O C.A.L.M.A, um protocolo elaborado pela ABE, pode ser uma ótima ajuda em casos de urgência, já que consiste em cinco passos fundamentais para apoio em primeiros socorros na crise convulsiva. São eles:

1 – COLOQUE a pessoa de lado, com a cabeça elevada para que não se sufoque com a saliva;

2 – APOIE a cabeça da pessoa para proteção em algo macio (ex: mochilas, blusas, jalecos);

3 – LOCALIZE objetos que possam machucar a pessoa e afaste-os (ex: óculos, correntes, móveis e roupas apertadas);

4 – MONITORE o tempo. Caso a crise dure mais que 5 minutos ou acontecer outra logo após a primeira, ligue para o SAMU (192);

5 – ACOMPANHE a pessoa até ela acordar. Em caso de ferimentos ou de primeira crise, ligue para o SAMU (192).

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