Samara Felippo falou sobre uma movimentação no processo que apura caso de racismo sofrido pela filha de 14 anos em abril deste ano nas redes sociais. Segundo a atriz, Alicia, vítima de discriminação na escola onde estuda, em São Paulo, foi proibida de se manifestar na ação judicial.
"Ela poderá participar da audiência, mas calada, sem o direito de apresentar sua versão dos fatos. Uma vez que as agressoras já foram ouvidas e contaram suas versões. Por que um ato infracional análogo ao crime de racismo, confessado pelas agressoras, está sendo tratado como violação de direito autoral? Ou seja, esta sendo tratado como se as agressoras somente tivessem rasgado um trabalho escolar e ponto. Existe uma frase violenta de cunho racista no interior do caderno. Por que isso não está sendo levado em conta?", disse a artista.
Samara contou também que ouviu que estaria sendo privilegiada em sua denúncia pelo fato de ser "famosa e branca".
"O que mais ouvi nesse processo de denunciar o racismo vivido pela minha filha na escola foi: 'Estão te dando ouvidos porque vc é famosa! É branca. A Justiça pra você funciona!' Então eu estou aqui porque realmente estou assustada com o andar das coisas. Até o momento a Justiça não me ouviu, não ouviu minha filha, meus advogados. Não estou lutando somente pela minha filha, venho há anos, através das minhas redes, denunciando casos de racismo. Não sei o que pensar sobre essa decisão. Meus advogados estão tomando as providências, mas estou estarrecida. A relativização do racismo persiste", postou.