A cantora Preta Gil, de 50 anos, está em recuperação após uma cirurgia de 21 horas realizada no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. O procedimento teve como objetivo remover tumores localizados nos linfonodos, ureter e peritônio, sendo parte de um tratamento de abordagem curativa contra o câncer.
O oncologista Dr. Jorge Abissamra, em entrevista à CARAS Brasil, destacou a relevância de intervenções dessa magnitude no contexto oncológico. “A cirurgia é sempre com o objetivo de ressecar lesão, geralmente com proposta curativa. São raras as cirurgias que são realizadas para ressecação que não visam curar a doença. A cirurgia tem o objetivo provável de cura da doença a longo prazo. Apesar de fazer um trauma fisiológico, geralmente tem um benefício da proposta de cura da doença”, afirmou o especialista.
O médico também explicou que cirurgias prolongadas e que envolvem manipulação de diversos órgãos, como no caso de Preta, demandam um período de recuperação mais longo. “Em um primeiro momento pode ter a piora da qualidade de vida, mas a médio e longo prazo, ela pode ter uma excelente resposta ao tratamento e benefício de qualidade de vida indiretamente (...) Quanto mais tempo de cirurgia e manipulação da cavidade abdominal, mais demora para o reestabelecimento do paciente. Os traumas cirúrgicos e danos, quanto maior o tempo cirúrgico e maior quantidade de órgãos manipulados, o tempo de recuperação é maior”, acrescentou.
A complexidade do caso de Preta Gil é ampliada por procedimentos cirúrgicos anteriores realizados na mesma região abdominal. “Essa cirurgia da Preta Gil, pelo que parece, é uma cirurgia muito grande. Então, o tempo de recuperação acaba sendo maior. Como a Preta Gil já é um paciente que já fez outros procedimentos abdominais, toda vez que você abre a cavidade abdominal, você tem mais dificuldade (...) Quanto mais procedimento cirúrgico forem feitos, mais difícil é a manipulação dessa cavidade. Ela vai ficando mais complexa, porque você vai formando bridas ali”, analisou Dr. Abissamra.
O especialista também destacou a importância de remover completamente os tumores para garantir benefícios oncológicos. “A cirurgia tem benefício quando você consegue ressecar toda a lesão. Você ressecar só parte da lesão, do ponto de vista de benefício oncológico, ele não há. Quando você consegue ressecar toda a lesão, há benefício oncológico, ou seja, em relação às chances de cura e respostas ao tratamento. Há casos, que provavelmente não é o caso da Preta Gil, que você resseca só parte da lesão para resolver um problema pontual, mas aí não há benefício do ponto oncológico. No caso da Preta Gil, me parece diferente. Me parece que o objetivo era retirar a lesão tumoral com benefício oncológico. E aí o ideal é que você consiga retirar completamente as lesões”, concluiu.
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Em uma publicação no Instagram, Preta tranquilizou seus fãs ao compartilhar imagens de seu período hospitalar e uma mensagem positiva: “Amores, passando aqui para deixar vocês calmos! Eu sigo aqui minha batalha. Um dia de cada vez, com fé e a cada dia me fortalecendo mais! Obrigada por todas as orações e energias positivas, eu sinto elas todos os dias. Paz e amor no coração de todos, amo vocês! Já, já eu tô de volta!”.