Atriz diz ter sido forçada a ceder assento na American Airlines; especialista explica como agir nesses casos
A atriz Ingrid Guimarães expôs em suas redes sociais um episódio que classificou como “absurdo e abusivo” durante um voo da American Airlines de Nova York para o Rio de Janeiro. Segundo Ingrid, ela foi pressionada a trocar seu assento na classe econômica premium por outro na classe econômica comum para acomodar um passageiro da classe executiva cuja poltrona apresentava defeito.
A atriz afirmou que, ao recusar a mudança, chegou a ser ameaçada e ouviu da tripulação que o avião poderia ser evacuado caso não aceitasse a troca. O caso gerou repercussão e levantou questionamentos sobre os direitos dos passageiros em situações semelhantes. Em nota, a American Airlines informou que está apurando o ocorrido.
Segundo o advogado Francisco Gomes Júnior, sócio da OGF Advogados e presidente da Associação de Defesa de Dados Pessoais e Consumidor (ADDP), as companhias aéreas devem cumprir o contrato de transporte exatamente como foi vendido ao passageiro. “Isso depende basicamente do regulamento da companhia, mas o departamento de transporte americano, que se chama DOT, prevê esse tipo de situação. É o downgrade. Se você tem que fazer um downgrade para alguém da classe executiva, essa pessoa da classe executiva vai para classe inferior, que é a próxima classe que seria a premium realmente”, explica.
O especialista conta que tanto a pessoa da classe executiva, quanto a própria Ingrid Guimarães, que teve que sair da classe para ir para a econômica, tem direito ao reembolso do que gastou. “Mas, reforço, tem que checar direito o regulamento da companhia aérea para saber se o procedimento foi correto”, enfatiza.
Vale ressaltar que, independente do regulamento, é preciso ficar atento a forma de abordagem. “Guardar todas as provas, como fotos, vídeos e recibos, ajuda a verificar se houve qualquer tipo de abuso por parte dos funcionários e empresa”, finaliza o advogado.