Josi Aoas faz balanço do Carnaval e rebate críticas: “Tive que ser forte”

Apresentadora abre o jogo sobre os desafios na avenida, responde haters e reforça compromisso com a escola


Josi Aoas - Reprodução Instagram

Josi Aoas já viu de tudo nos 16 anos que tem de Carnaval. Hoje, à frente da bateria da Unidos de Vila Maria, a apresentadora e empresária não esconde que seu caminho na folia foi marcado por desafios, reviravoltas e momentos inesquecíveis. Se engana quem pensa que é só glamour! “Quase todo mundo imagina que Carnaval é só glamour, mas não é nada disso”, diz, entre risos.

No ano passado, Josi passou por um sufoco de última hora. “Tive que trocar a fantasia a 72 horas do desfile. O carnavalesco olhou e disse: está muito luxuosa para um enredo afro. Vamos mexer, deixar mais rústico. E então começou a correria para mudar praticamente tudo. Achei que fosse ficar fora do desfile”, relembra.

Neste ano, a mudança de posto trouxe uma responsabilidade ainda maior. Mas, apesar de um desfile grandioso, a Vila Maria não conseguiu voltar ao Grupo Especial. Ainda assim, Josi faz um balanço positivo da experiência. “De longe não era o resultado que esperávamos. O mais importante: levamos alegria para a avenida, levantamos o público e vivemos o Carnaval como nunca. Como já disse outras vezes, sou Vila Maria e independente do grupo, se é especial ou acesso, estou junto até o fim. A sensação é de missão cumprida. Fizemos um desfile lindo, mágico. Unidos vamos retornar ao nosso lugar. Não adianta lamentar, vamos levantar a cabeça e buscar o nosso título. Não estou na escola por cinco minutos de fama, a Vila Maria faz parte da minha vida”, afirma com orgulho.

Além dos desafios na avenida, Josi precisou lidar com críticas à sua origem no samba. Mas a resposta foi na ponta do pé! “Era por mim. Nada me fez desistir. Mais uma vez, tive que ser forte. Acho que o samba não tem origem. O Carnaval é democrático, é o símbolo maior da diversidade”, reforça. No entanto, ela lamenta que muitas das críticas venham justamente de outras mulheres. “Infelizmente existe uma rivalidade. As mulheres deveriam se ajudar mais, se apoiar mais. A maioria das críticas vem justamente de mulheres, é triste e dolorido isso.”

A superação e a entrega total ao Carnaval abriram portas. O esforço rendeu a Josi o convite para estrear à frente da bateria da Vila Maria. Com isso, ela se dedicou ainda mais à preparação física, intensificou os treinos e ajustou a alimentação para dar conta do ritmo puxado dos ensaios e da avenida. “Não fiquei devendo no samba, estou feliz e realizada, orgulhosa da minha evolução. O esforço é maior na frente da bateria, tive que me dedicar mais. Saio com a cabeça erguida, sem medo de rótulos e críticas. Vivi um Carnaval feliz”, finaliza.