O mercado imobiliário de alto padrão em São Paulo vive um dos seus melhores momentos dos últimos anos. De acordo com dados do FipeZap, bairros como Conceição, Jardins, Pinheiros e Brooklin registraram valorização de até 24% desde 2021, impulsionados pela escassez de terrenos, infraestrutura consolidada e pela busca crescente por imóveis amplos, bem localizados e com serviços exclusivos.
O metro quadrado nessas regiões já supera, em muitos casos, os R$ 40 mil, especialmente em lançamentos que oferecem diferenciais como automação completa, áreas de lazer sofisticadas, arquitetura autoral e serviços de concierge.
Para a advogada especialista em imóveis de alto padrão, Dra. Gabriela Pereira, o segmento de luxo permanece aquecido mesmo em períodos de instabilidade econômica.
“São Paulo é um mercado extremamente sólido para imóveis de alto padrão. Compradores enxergam esses bens não apenas como moradia, mas também como um investimento seguro e com forte potencial de valorização. Regiões como Vila Nova Conceição, Itaim e Jardins seguem como as mais desejadas, mas bairros como Brooklin e Pinheiros têm apresentado oportunidades excelentes, principalmente para quem busca qualidade de vida aliada à praticidade e à mobilidade urbana”, afirma.
Bairros em destaque
Vila Nova Conceição – Vizinha ao Parque Ibirapuera, é uma das áreas mais exclusivas da cidade, com condomínios de altíssimo padrão e segurança reforçada.
Itaim Bibi – Polo financeiro e gastronômico, com empreendimentos que aliam sofisticação e praticidade para executivos e famílias.
Jardins – Sinônimo de luxo clássico paulistano, reúne lojas de grife, restaurantes premiados e ruas arborizadas.
Brooklin e Pinheiros – Regiões em plena expansão, combinando infraestrutura moderna, mobilidade e alta valorização imobiliária.
Segundo Gabriela, o público desse segmento tem se diversificado. “Além de empresários tradicionais, vemos cada vez mais jovens empreendedores e profissionais da tecnologia investindo em imóveis de alto padrão. São pessoas que buscam exclusividade, personalização e qualidade de vida, sem abrir mão de praticidade e localização estratégica”, destaca.
A especialista acredita que o mercado seguirá aquecido, mas com tendências claras de maior seletividade e personalização.
“A expectativa para o segundo semestre de 2025 é bastante positiva. Devemos ver uma procura crescente por empreendimentos boutique, com poucas unidades e projetos assinados por arquitetos renomados. O comprador de alto padrão está cada vez mais exigente e valoriza a exclusividade, o design e os serviços personalizados”, explica.
Ela também aponta que os investimentos estrangeiros devem ganhar força.
“O real desvalorizado e a estabilidade do setor imobiliário brasileiro têm atraído muitos investidores de fora do país, especialmente para regiões nobres de São Paulo. Isso deve gerar mais aquecimento no mercado e impulsionar novos lançamentos voltados para esse público globalizado”, comenta.
Outro ponto destacado é a demanda por tecnologia e sustentabilidade.
“Empreendimentos com recursos de automação, eficiência energética e certificações ambientais terão ainda mais valorização. O comprador quer conforto, mas também responsabilidade ambiental e soluções inteligentes que facilitem a rotina”, conclui Gabriela.