Na semana passada, Trump anunciou um “tarifaço” global sobre impostos cobrados das importações, com outros produtos brasileiros sendo taxados em ao menos 10%. A data foi nomeada pelo republicano como o “dia de libertação”. À China, os americanos aplicaram uma tarifa de 34%. Como resposta, o governo de Xi Jinping anunciou a mesma porcentagem sobre os produtos importados dos Estados Unidos.
Na segunda (7), o presidente dos EUA reagiu e aplicou uma tarifa adicional de 50% em cima das taxas já impostas anteriormente ao país asiático. Com isso, os produtos chineses podem receber uma tarifa de até 104% para entrarem nos EUA. Novamente, como resposta, a China também elevou hoje para 84% a carga tarifária aos produtos americanos importados.
Além da China, o Canadá e a União Europeia também reagiram com retaliações aos Estados Unidos. O Japão também estava seguindo o mesmo caminho. Após pressão de Bolsas e investidores, Trump recuou e fixou a tarifa de 10% para os países, com exceção dos chineses, por um prazo de 90 dias.
Ao Canal UOL, a especialista explicou que, mesmo diante do cenário delicado, acredita ser possível os dois países entrarem num acordo.
Desde o primeiro mandato do presidente Trump, e mais recentemente no movimento da sua candidatura, ficou muito claro que a China era vista como um dos oponentes mais importantes dos Estados Unidos nessa visão de ‘como a gente traz de volta as indústrias’ e ‘como a gente resolve a questão do déficit comercial’.
Com tudo isso, de fato, o governo chinês parece ter tido tempo para analisar cenários e dar respostas a esse ‘tarifaço’ de diferentes formas: por um lado, com tarifas e, por outro, com barreiras não tarifárias. São respostas com bastante força, calculadas e cautelosas, deixando sempre nos documentos que está aberto ao diálogo. Portanto, a nossa análise é que esses dois países vão sentar para o diálogo em algum momento. Larissa Wachholz, especialista do Cebri