Ela brilha, encanta e domina a avenida, mas quem pensa que ser rainha de bateria é só glamour, está muito enganado. Sabrina Sato, uma das figuras mais icônicas do Carnaval brasileiro, fez uma revelação surpreendente sobre os bastidores da festa e mandou um recado direto para quem sonha em ocupar esse posto.
Em entrevista à Marie Claire, a musa, que reina absoluta tanto na Unidos de Vila Isabel, no Rio de Janeiro, quanto na Gaviões da Fiel, em São Paulo, abriu o coração sobre a importância do empoderamento feminino na folia e como a maternidade transformou sua relação com o corpo e com os julgamentos que enfrenta todos os anos.

“Para as mulheres, Carnaval é um símbolo de força, liberdade e protagonismo. Mostramos que podemos ser quem quisermos e estar onde quisermos. Para mim, é sobre celebrar, mas também sobre resistência. Somos quem faz tudo acontecer, celebrando tudo o que temos direito.”
Sabrina não esconde que, apesar do brilho e da celebração, o Carnaval também expõe as mulheres a muitas críticas e pressões. Ela conta que, após o nascimento de sua filha, Zoe, passou a enxergar a exposição com outro olhar.

“Com a maternidade, conquistei uma reflexão mais madura sobre o verdadeiro sentido de estar bem comigo mesma. Nós, mulheres, somos muito celebradas no Carnaval, mas também somos muito julgadas e cobradas, seja pelo corpo ou pela roupa que vestimos. É uma luta diária que se potencializa.”
E se engana quem pensa que ser rainha de bateria é apenas um show de samba no pé! Para Sabrina, o posto exige dedicação e comprometimento, já que representa o esforço de comunidades inteiras.

“Ser rainha é um sonho, mas acima de tudo é um espaço que pede responsabilidade. Há muita história por trás de cada desfile, muito trabalho de comunidades inteiras. Então, preciso me entender apenas como parte do Carnaval.”

Com quase 20 anos de história na avenida, a apresentadora confessa que seu amor pela folia é dividido entre suas duas escolas, cada uma ocupando um lugar especial no coração. “Existe muito amor, respeito e gratidão. Não tem como comparar. São histórias únicas com cada uma.”